Ooooiiieeeeeee!!! FELIZ ANO NOVO, a todos.
Dedico esse
post principalmente para todos os interessados no assunto assim como os
vestibulandos que tem muitas dúvidas relacionadas aos cursinhos. Aqui irei
abordar 4 cursinhos bem conhecidos, como: Objetivo, Etapa, Poli e FEA-USP. Eu e
minhas três amigas: Beatriz, Bruna e Glaucia, nos aventuramos a fazer cursinho
no 3° ano do ensino médio, e temos muito para contar a favor de nossas
experiências e dificuldades. Todas as três fizemos o ensino médio completo na
Etec Profª. Dra. Doroti Quiomi Kanashiro Toyohara (Etec Pirituba).
Esse ano não
foi fácil para aqueles alunos que fizeram o último ano da escola, pois além de
estudarem para a escola, e seus cursos extras, ainda tiveram que dedicar um
pouquinho do seu tempo livre para revisar matérias dos anos anteriores. Tudo
isso ainda não representa as dificuldades desse aluno, pode-se contar também
com a pressão da família para que esse conseguisse passar num vestibular.
Por isso, esse post tem a finalidade
de ajudar as pessoas que estão passando por essa fase, e que principalmente,
querem lutar para alcançar seus sonhos e a tão sonhada entrada numa faculdade
pública, pois tudo, exatamente tudo, depende de nós e da nossa força de
vontade.
Então.... Fiz
uma pequena entrevista com minhas amigas para saber o que elas acharam dos seus
respectivos cursos >>> Eu fiz objetivo, a Glaucia cursinho da Poli, a
Bruna Etapa e a Beatriz FEA-USP. Let’s GO!
Larissa Dias, 18 anos (Ciências
Biológicas)
Como você teve conhecimento do cursinho?
Eu fiquei sabendo pelos meus
amigos da escola, que tinham feito a prova para bolsa. Como estava no final do
2° ano do ensino médio eu nem pensava fazer, mais fiquei interessada, e resolvi
fazer a prova e conhecer o lugar.
Quais foram os critérios levados para a sua escolha?
Bom, eu escolhi fazer no
objetivo pela qualidade do ensino que é amplamente divulgada, mas também levei
em conta o valor do curso e a localidade. Como escolhi fazer de noite, para ter
a tarde livre para estudar para a escola, o preço com o desconto que consegui
ganhar na prova ficava quase o mesmo que o cursinho da Poli. Para ir para lá só
precisaria pegar um ônibus ou até poderia ir de metrô.
O que você achou das aulas? Do material? Dos
Professores?
As aulas são
espetaculares, a primeira semana foi inesquecível para mim!! As aulas ao
mesmo tempo que são muito corridas também são bem puxadas, mas os professores
conseguem tornar algo que você achava muito difícil, em algo extremamente fácil
e compreensível. Eu posso dizer que as aulas são bem dinâmicas e com muito
conteúdo, por isso é importante dar uma revisadinha para não se esquecer de
alguns detalhes. Toda aula tem um assunto chave em que resolvemos exercícios de
nível fácil, médio e difícil, e com base neles tem muitos exercícios para serem
resolvidos com resoluções comentadas no site do cursinho, o qual você terá seu
login. Desse modo, você pode além de ver as respostas dos exercícios tarefa,
pode acessar seu desempenho nos simulados e resoluções desses. Quanto ao material...
nunca recebi tanto livro na minha vidaaa! Kkkkk. As mães piram na bagunça. No
período noturno recebemos apostilas de teoria e de exercícios junto com fichas
resumos, só não recebemos livros textos (apenas os alunos que estudam de manhã
e tarde), mas quando precisamos deles podemos pegar emprestado na secretaria.
São ao total de 7 apostilas de exercícios e teoria, 4 apostilas de revisão, 2
fichas resumos, 2 cadernos com exercícios do Enem, e 2 livros com as obras
literárias pedidas na FUVEST/Unicamp. Tudo isso recebemos no decorrer do ano
aos poucos. O professores são excelentes, a maioria se formou na USP,
e ensinam de um jeito leve e divertido. Eles te incentivam a estudar, além de
fazer você não perder a esperança e confiança em si mesmo. Como estudava de
noite, muitas pessoas estavam sempre cansadas, por causa do dia duro de
trabalho e sempre os professores conseguiam manter a sala atenta, acordada e
alegre.
E quanto a sala de estudos?
Poucas vezes eu fui à
sala de estudos, mas ela é grande com mesas para estudo e computadores para
pesquisa. Tem que ficar atento com o horário de plantão de professores para
tirar suas dúvidas.
Tem atividades extras como aulas especiais e
palestras diferenciadas?
A maioria das aulas
especiais acontece na unidade na Paulista como aulas de filosofia e sociologia,
e várias palestras relacionadas a temas atuais que acontecem no país e no
mundo. Palestras sobre as obras literárias da FUVEST/Unicamp acontecem em dias
específicos, assim como aulas de redação aos sábados. Há as aulas especiais de
acordo com a carreira escolhida nos sábados de manhã.
Qual a frequencia dos simulados? Fazê-los lhe ajudou
na hora do vestibular?
Os simulados acontecem
sábado à tarde quando uma apostila é finalizada em sala, para revisar o
conteúdo aplicando exercícios de nível dos vestibulares. Tem também testes que
simulam segunda fase dissertativa dos vestibulares e acontecem em datas
específicas também. Minha semana era muito corrida, não conseguia estudar para
revisar o conteúdo. Mas esses simulados serviram para adquirir resistência,
saber regular o tempo e que matérias você deve fazer primeiro, saber como
ganhar tempo. Eles foram uma base de como se sairia no vestibular de verdade.
Posso dizer que me ajudou sim, pelo menos a manter a tranqüilidade e ficar mais
atento/esperto. tem vários tipos de simulados no objetivo que simulam o ENEM,
FUVEST, UNESP e UNICAMP no decorrer do ano.
Além da escola e cursinho você fazia algum outro tipo
de curso?
Sim, fazia inglês aos
sábados de manhã. Era puxado, pois estava no nível avançado e a duração das
aulas era de 2 horas e meia. Muitas vezes depois do inglês, só dava tempo de
almoçar e ir direto para cursinho fazer simulados que duravam 4 horas e
meia.
O que você mais gosta do seu cursinho? O que você
acha que deve melhorar?
Eu adoro os
funcionários e professores que estão sempre dispostos a te ajudar e incentivar
a não desistir, diante de todas as dificuldades. As aulas eram muito
empolgantes que me incentivavam a não parar de estudar. Na minha opinião, acho
que deve ter uma atenção individual para as dificuldades que o estudante tem ao
realizar os simulados, dando dicas ou sugestões de exercícios para melhorar
essa dificuldade. Tirando isso adorei fazer Objetivo.
O que você recomenda para os vestibulandos?
Manter o foco! Vai aparecer
em seu caminho tentações para desviar seu foco e sua atenção, essa é uma
estrada perigosa que precisa de muita dedicação. Por isso você deve fazer as
coisas com moderação e estabelecer metas. Lembre-se que você terá que fazer
alguns sacrifícios, não será fácil. Mas sempre que desânimo bater lembre-se o
porquê você resolveu se aventurar nessa jornada e siga em frente. Todos os
cursinhos têm o mesmo fundamento, basta você estudar e se dedicar, correr atrás
que tudo vai dar certo.
Conte-me como foi ter essa oportunidade nesse ano.
Posso dizer que não foi nada
fácil para mim. É muito puxado fazer escola e cursinho, pois é muito conteúdo
para aprender numa rotina muito corrida e apertada. Tive que fazer vários
malabarismos para entregar tudo a tempo (trabalhos, lições e provas) e ainda
fazer alguns exercícios do cursinho. Cada minuto do dia era importante para eu
adiantar algo que faltava fazer. Todos os dias, conseguia dormir no máximo do
máximo 5 horas quando chegava cedo em casa. O meu psicológico estava me prejudicando no
começo, pois queria fazer tudo, e se não fizesse ficava me cobrando muito. O
resultado disso foi muitas noites mal dormidas, muito cansaço, fraqueza,
doenças e baixa auto estima. Apesar de tudo isso, fazer cursinho me fez ver a
vida de outra maneira, dar valor a todos os momentos, não se sobrecarregar
muito para não sofrer depois, não reclamar da vida, pois muitas pessoas não
tiveram essa oportunidade que eu tive esse ano, e dar valor a família, amigos e
as pequenas coisas. Percebi que passava muito tempo estudando e não dava muita
atenção à minha família. Muitos momentos eu perdi, porque estava ou na escola
ou no cursinho. Nos poucos dias que eu faltei, tudo me fazia feliz, estar em
casa com meus pais, passar mais um tempinho com eles e conseguir conversar.
Muitas vezes pensei em desistir, mas a vida é assim mesmo. Alguns sacrifícios
são necessários e valem a pena.
O que você recomendaria para os estudantes do 3° ano
do ensino médio: fazerem cursinho agora ou não?
Então, isso é muito relativo
de pessoa para pessoa, que vai depender da sua força de vontade e disposição.
Eu recomendo para as pessoas que são extremamente organizadas e responsáveis,
pois essas não terão tanta dificuldade em receber tanto conteúdo, permanecendo
com o foco e o ritmo da escola. O cursinho vai te ajudar muito no vestibular,
vai aumentar suas chances de se sair bem, embora você não consiga se dedicar
tanto e pegar todo o conteúdo necessário. Mas se você não estiver com vontade
de fazer ou não tiver condições, espere para fazer quando acabar a escola, pois
você irá conseguir focar mais e pegar mais pesado, e até se sair melhor. Para
finalizar queria dizer que foi graças ao cursinho que consegui passar para a
segunda fase da Unesp e Fuvest! Unicamp não deu ainda, mas vou continuar
lutando, estudando para conseguir alcançar meus objetivos.
Glaucia
Pedroso, 17 anos (Artes Cênicas)
Como você teve conhecimento do cursinho?
Meu primo já tinha feito o
Cursinho da Poli e falou super bem dos professores e do lugar, assim como a
colega de trabalho da minha amiga também disse, aí eu decidi pesquisar sobre
ele. E eu ainda lembro de quando eu era pequena ter pensado que era relacionado
à boneca Polly Pocket e pensado "eu quero estudar aqui" (KKKK)
Quais foram os critérios levados para a
sua escolha?
Dentre os cursinhos que eu
vi o Cursinho da Poli é o que tem a mensalidade mais acessível, o que foi de
suma importância pra convencer meu pai a pagar. Além disso é o lugar mais perto
de casa, com qualquer ônibus eu chego lá em cerca de trinta minutos, e
como eu sou estressada com horários era ótimo porque eu almoçava na escola e
chegava bem cedo pra pegar um bom lugar na sala. Além disso o Cursinho da Poli
era o única que oferecia oficinas culturais, eu participei da oficina de teatro
e adaptamos a peça "O Santo Inquérito" para a Mostra de Artes, no
início de novembro.
O que você achou das aulas? Do material?
Dos professores?
Eu sabia que cursinho era
bem diferente da escola normal, mas mesmo assim estranhei um pouco no começo.
As aulas são bem mais intensas e o conteúdo mais pesado. E as apostilas só
aumentam, minha única reclamação é que elas são de capa mole e fica meio
difícil de mantê-las em bom estado com tanta correria, mas os exercícios são de
várias universidades, de todos os níveis de dificuldades e bem atualizados.
Além da parte de sugestões de filmes, livros, etc, tem a sessão 'ágora' e 'roda
de leitura' que trazem textos para debate, o que ajuda a gente a formar nosso
senso crítico. Os professores também são uns amores, não se importavam de te
ajudar com um exercício no intervalo, muitos até sentavam no chão com o aluno
pra resolver uma questão mais chata, tiram todas as dúvidas, nos davam dicas e
ótimas motivações, assim como os plantonistas super simpáticos.
E quanto a sala de estudo?
As cadeira é dessas com
mesa, eu não gosto, mas agora em todos os lugares é assim então ajuda a gente a
se acostumar. E são cerca de 200 pessoas por sala, por isso era bom chegar
cedo. E o ar condicionado na minha sala é bem forte e eu sinto muito frio,
então mesmo com 30ºC na rua eu levava meu moletom pras aulas.
Tem atividades extras como aulas
especiais, palestras diferenciadas?
Sim, no Cursinho da Poli tem
a aula do "Aprender a Conhecer" onde dois professores dão aula
juntos, no meu caso, Química e Geografia. E durante o ano acontecem varias
palestras sobre diversos assuntos, como a Trajetória de Jornadas Profissionais
que são diversos profissionais que vão explicar mais de suas carreiras, área de
atuação e do mercado de trabalho. Em 2014 também teve uma palestra com o Raí, o
jogador de futebol e até com o prefeito Haddad. E também tem as sessões de
cinema com o comentário dos professores. Além do Show dos Professores na
véspera da Fuvest, eu me diverti muito vendo professores e plantonistas
cantando Sidney Magal, Pokémon e até Rage Against the Machine.
Qual a freqüência dos simulados? Com que
freqüência você os fazia?
Eu acho que o Cursinho da
Poli oferece poucos simulados, são cerca de um a cada dois meses. E alguns dias
depois, você pode retirar seu gráfico de desempenho. Eu só fiz dois no primeiro
semestre e os da segunda fase. Fui bem até.
Fazê-los lhe ajudou na hora do
vestibular?
Sim, porque é um treino, te
ajuda a perceber no que você ainda tem dificuldade, assim como te ajuda a criar
estratégias de chute, porque você tem que saber resolver a prova além de saber
como usar a teoria na prática, e também a se acostumar com a linguagem dos
vestibulares que é bem diferente da escola.
Além da escola e cursinho você fazia
algum outro tipo de curso?
Inglês, no período da noite.
Então pra poupar tempo eu ia da escola pro cursinho, ás vezes tinha teatro e
saia correndo pro inglês... Era corrido, mas eu não me arrependo.
O que você mais gosta do seu cursinho? O
que você acha q deve melhorar?
Eu realmente gosto do clima
de lá, cursinho te dá muita liberdade. Você tem um monte de coisa pra estudar,
mas você vai no seu tempo, parte de você intensificar ou relaxar o ritmo e você
só tem um prazo: final de novembro. Mas o mais importante é o diferencial do
Cursinho da Poli, as palestras, os debates, a Mostra de Artes, como o próprio
cursinho diz ele é um "cursinho pré-universitário". A universidade é
muito mais complexa do que a gente imagina, então lá eles têm uma preocupação
com a nossa formação crítica e política, e não se esquecem da nossa bagagem
cultural. Acho que todo lugar tem seus defeitos, né? Mas acho que o Cursinho da
Poli poderia oferecer mais simulados.
O que você recomenda para os
vestibulandos?
CALMA!! KKKK É um momento
bem delicado e muito estressante da nossa vida, mas o importante é não desistir
porque É POSSÍVEL. Se vocês querem fazer escola e cursinho, beleza, saibam que
vocês vão amadurecer muito mais, a responsabilidade é maior e o tempo bem
menor. E é importante vocês não negligenciarem a escola, não adianta entrar em
primeiro na USP e reprovar na escola... E no cursinho se preparem para
uma enorme reviravolta, os conteúdos serão mais pesados e vocês vão reaprender
coisas que já sabem , mas do jeito fácil. Eu aprendi no primeiro bimestre que
tem uma forma super fácil de resolver equação do quarto grau! Vocês vão
descobrir isso lá.
Me conte como foi ter essa oportunidade de
experiência nesse ano.
Eu amei. Fazer cursinho e
terminar a escola me amadureceu muito. Ficar o dia todo fora de casa foi
cansativo, mas não me arrependo. Como meu curso é integral acho que vai me
ajudar a aguentar o pique (caso eu passe - o cursinho infelizmente não nos
ensina a controlar a ansiedade para o resultado da prova). O cursinho também me
deu uma força na escola: reforçou o conteúdo e me ajudou a gabaritar duas
provas de Química, por exemplo.
O que você recomendaria para os estudantes do
terceiro ano do ensino médio: fazerem cursinho agora ou não?
Acho que vai de cada um e da
nota de corte também. Pra quem tem muito pique ou tem nota de corte baixa, acho
legal fazer a escola e o cursinho juntos. E se a sua nota de corte é alta, não
desanime se você não passar de primeira.
Minha nota de corte é meio
alta na Fuvest e na Unicamp, mas nesse ano eu passei bem acima da nota de corte
da Unesp...
Por hoje é só. Agora queria que, vocês leitores, sintam-se a vontade de fazer perguntas para alguma dúvida ou interesse. E para você que talvez queira compartilhar suas experiências dessa fase, pois seria bem interessante. SE VOCÊ QUISER COMENTAR E EU POR ACASO NÃO RESPONDER MANDEM NO MEU TWITTER @LARIDIASSOUZA ;). Por último, queira lhes informar que o próximo post vai conter os comentários das minhas amigas Bruna e Beatriz, respeitando suas privacidades e expressão de opinião.